sexta-feira, 12 de março de 2010

PROIBIÇÃO DE BOLÕES NA REDE LOTÉRICA

Apesar de não existir nenhum dispositivo jurídico em nossa legislação que diga que a venda de bolões é pratica ilegal, a Caixa Econômica Federal insiste em não permitir que o empresário lotérico comercialize esta modalidade de aposta em grupo. Estamos procurando uma maneira de se resolver esta situação, pois como não há ilegalidade expressa, não há por que proibir. O bolão, inclusive, já é prática incorporada e solidificada entre os apostadores de todo o Brasil há mais de trinta anos. Através dessa modalidade de apostas em grupo, vários grandes prêmios foram divididos entre apostadores, fatos que foram largamente divulgados pela mídia e em nenhum momento esta modalidade de aposta foi questionada por ninguém, nem mesmo pela Caixa, que efetuou o pagamento de forma fracionada a todos os participantes dos bolões contemplados nos respectivos sorteios.

Caso a decisão da Caixa Econômica Federal continue sendo pelo não reconhecimento do bolão, já existe no Estado de São Paulo um movimento muito forte entre os empresários lotéricos para que seja negociada com uma outra instituição financeira a prestação de serviços de correspondente bancário, que temos certeza que a remuneração paga ao empresário será superior ao que hoje vem sendo pago pela Caixa, quando então o lotérico constituirá uma nova empresa em um outro local com a finalidade de prestar esses serviços, abrindo então a possibilidade do empresário organizar com liberdade, sem as limitações contratuais da permissão, grupos de pessoas que se juntarão para realizar apostas coletivas, ou seja: Bolões.

7 comentários:

  1. Caro Peralta,

    Realmente a situação é crítica e fomos duramente atingidos pelo fato. E nem mais mencionamos a palavra BOLÃO ou pensamos em comercializar, por conta de que corremos o risco de "espirítos de porco" adquirirem uma cota e meter a boca na imprensa.

    O desânimo é evidente em toda classe, não por conta da tal restrição da CAIXA que ao meu ver não tem respaldo, mas principalmente por algo muito mais efetivo: o descrédito generalizado da população nos Bolões que eram comercializados pela rede lotérica.

    O estrago já está feito e entendo seja irreversível, pelo menos para volta do atual modelo. Temos de ousar, mudar e sermos criativos.

    O que fazer, então ? Se a via oficial da CAIXA é o comprovante único legal da aposta, amplamente divulgado pela imprensa, vamos pensar em fornecer de forma coletiva (cópias oficiais geradas pelo terminal), alterando o sistema, numa eventual " APOSTA COLETIVA", isso mesmo, vamos enterrar de vez o nome BOLÃO, vamos falar em APOSTA COLETIVA. Para isso temos que negociar com a CAIXA, pois é óbvio que isso interessa a eles também.

    Mas e o lucro que tínhamos nos BOLÕES além da comissão oficial nas apostas ? Pois é, num primeiro momento será zero, mas começaremos a resgatar a preciosa CREDIBILIDADE perdida.

    Sei lá, expresso aqui livremente as minhas considerações como início de um fórum entre os colegas para costurarmos uma solução. Parece-me que a via judicial pouco adianta, pois o POVO não irá se sensibilizar com a tal legalidade dos BOLÕES, para ele sempre ficará na lembrança aqueles apostadores com a cota na mão sem o prometido prêmio.

    A preocupação agora é viabilizar o nosso já débil negócio, cortar custos, continuar a atender sempre e cada vez melhor nossos clientes e UNIR, isso sim, UNIR a desunida classe.

    E mais essa ainda: nesta semana todos os lotéricos receberam uma carta da CAIXA alertando sobre as penalidades caso o lotérico volte a vender Bolões. E o que podemos esperar do SINCOESP para nos dar alguma tranquilidade em, quem sabe, voltarmos a comercializarmos os BOLÕES, sem posturas de disfarce e receio ?

    No aguardo de BOAS NOVAS !

    Boa sorte a todos !

    Abraços,

    Mauro Taddeo
    Lotérica Mantiqueira

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  2. A CEF nunca reconhecerá os bolões, é um risco que ela não pode assumir, já que ela não tem controle sobre os bolões, mas, mesmo assim ela está sendo obrigada a pagar na justiça pelos erros de alguns lotéricos negligentes. A saída é lutarmos por tarifas melhores, de acordo com a média do mercado. Pelo menos agora o sindicato não sofrerá chantagem por parte da CEF nas negociações. (Não sei se isso acontecia)

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  3. O LADO SOCIAL DOS BOLÕES.
    Minha lotérica está situada em um bairro de baixo poder aquisitivo e 90% dos meus clientes vem à Lotérica diariamente. Muitos são profissionais liberais como pintores, encanadores, eletricistas, donas de casa etc que preferem participar de bolões pois sabem que não teriam condições de administrar uma fortuna acima de R$ 1 milhão. Nos bolões eles veem suas chances aumentadas para ganhar quantias que podem assumir a responsabilidade. Eles querem pagar suas dívidas, comprar sua casa própria e seu automóvel. Muitas pessoas de idade tem o mesmo pensamento. Nestes casos eles não conseguem se organizar para elaborar os bolões e preferem pagar um pouco mais caro, justamente porque confiam nesta Lotérica. Já ganhamos alguns prêmios não muito valiosos e nunca tivemos problemas, principalmente porque mantemos contato constante com a clientela.

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  4. A IDEIA DO PERALTA FAZ SENTIDO ABRIR UMA NOVA EMPRESA , AGORA AJUIZAR UMA AÇAO VISANDO OBTER O EQUILIBRIO DO CONTRATO ISSO NAO TEM VOLTA AÇAO JA

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  5. Um lotérico de Maceió sugere:
    Uma eventual sugestão a ser feita à caixa em reuniões seria que, em cada bolão vendido, os lotéricos anexariam (grampeariam) uma cópia dos jogos já passados, onde seria mostrada claramente que o jogo já foi feito (poderíamos organizar isto em uma ou duas páginas circulando o número do concurso em cada volante). Isto aumentaria um pouco nossos custos, porém mostraria ao cliente que ele está apostando em um jogo real e evitaria infortúnios como o que aconteceu em Novo Hamburgo. Por outro lado a caixa poderia obrigar a todas as lotéricas a afixar visivelmente uma mensagem com o seguinte teor “Senhor consumidor, só adquira bolões se acompanhado de documento que comprove que os jogos já foram efetivamente passados antes de serem comercializados”, isto daria legalidade e apoio da caixa. Visto que, no meu entender, não existe ilegalidade nenhuma de passarmos jogos e os vendermos de forma coletiva. Espero estar contribuindo de maneira positiva para solucionar este impasse.

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  6. bolões pelas casas lotéricas.

    Todas as lotéricas que quiserem comercializar bolões, devem proceder da seguinte maneira:

    1o) Escolher as combinações numéricas.
    2o) Preencher os volantes;
    3o) Preparar papel que deve ser distribuído aos clientes no qual deve constar:
    Nome da Lotérica;
    Endereço - Telefone;
    Tipo do jogo;
    Valor da Cota;
    No de cotas;
    Concurso;
    Data do concurso;
    Na parte de trás desse comprovante deve constar carimbo da lotérica e assinatura do responsável.
    4o) Passar os volantes no terminal.
    5o) Fixar os comprovantes dos jogos em local visivel informando a data do concurso.

    Talvez algumas lotéricas já procedam dessa maneira, a única diferença é que os jogos de

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